A fazenda que já serviu café ao Papa

No coração da região vulcânica, entre os municípios de Bandeira do Sul e Campestre (MG), está a Fazenda Roseira, onde a história do café se entrelaça com a trajetória de uma família que cultiva essa paixão há mais de um século.

Patrick, quarta geração de produtores, cresceu ouvindo histórias sobre os cafés da fazenda. Uma das mais marcantes vem de sua avó, que relembra o dia em que um café da Roseira foi selecionado para ser servido ao Papa – um testemunho da qualidade excepcional que sempre guiou a produção da família.

“As histórias que permeiam os cafés da fazenda são muitas. Minha avó conta sobre a vez em que um café nosso foi selecionado para ser servido ao Papa.” — Patrick dos Reis Rosa Franco

Superação e Inovação ao Longo das Décadas

A Fazenda Roseira sempre esteve à frente do seu tempo. Em 1962, a família instalou um despolpador de café, um feito raro na época. No entanto, devido às limitações tecnológicas e à falta de mão de obra especializada, a via úmida não foi mantida, e até hoje a marca no cimento é um registro dessa tentativa pioneira.

Em 1979, as geadas devastaram a região, desafiando a resistência e a determinação da família. Mas a resposta foi a reconstrução das plantações e o fortalecimento da fazenda, reforçando o espírito de perseverança e inovação que acompanha a Roseira até hoje.

Anos depois, a modernização voltou a fazer parte do dia a dia da fazenda. Uma nova via úmida foi construída, e dessa vez, os cerejas descascados transformaram o pós-colheita, otimizando a secagem nos terreiros e garantindo cafés ainda mais refinados.

Excelência em Cafés Especiais

Hoje, a Fazenda Roseira se consolidou como referência na produção de cafés especiais, unindo tradição familiar, inovação e terroir diferenciado. Com cafés descascados pontuando acima dos 90 pontos, a fazenda já figurou entre os finalistas de diversos concursos, provando que a paixão pela cafeicultura é a verdadeira força por trás de cada safra.

📍 “Nossa história é marcada por desafios, aprendizado e evolução. Cada xícara do nosso café carrega esse legado, um equilíbrio entre o passado e o futuro da cafeicultura.” – Patrick, quarta geração de produtores