O café faz parte da rotina dos brasileiros, mas será que aquilo que você coloca na xícara todos os dias é realmente café? Um fenômeno preocupante vem tomando conta dos supermercados: os cafés fake. Produtos que parecem café, cheiram como café e até têm um gosto semelhante, mas que, na realidade, não levam nenhum grão de café em sua composição.

O que muitas pessoas estão comprando sem perceber é uma mistura de folhas, cascas de árvore e subprodutos do café, quimicamente alterados para imitar a bebida que o Brasil tanto ama. O problema vai muito além do preço baixo: ele afeta sua saúde, engana consumidores e desvaloriza ainda mais o verdadeiro café brasileiro.

O café fake: um concorrente direto do café extraforte, tradicional

O café extraforte ou o tradicional já representavam um problema para os consumidores. Para baratear custos, muitas marcas utilizam a torra carbonizada, um processo que oculta defeitos dos grãos e a presença de impurezas como cascas e paus. Esse método gera um café extremamente amargo e sem complexidade sensorial, condicionando os consumidores a um café de baixa qualidade.

Agora, com o surgimento do café fake, a fraude atingiu outro nível. Nesses produtos, a torra escura continua sendo utilizada para esconder algo ainda pior: a quase total ausência de grãos de café! No lugar deles, folhas, cascas e outros resíduos são usados para dar corpo à bebida, enganando completamente os consumidores. O café extraforte já era um problema, mas agora ele tem um concorrente ainda pior, o ”Sabor café”.

Como identificar um café fake?

📌 Leia o rótulo com atenção: Evite produtos com descrições como “bebida sabor café” ou “mistura para café”, pois indicam que o produto não contém apenas grãos de café.

📌 Verifique o selo da ABIC: A Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) não certifica cafés fake, e a ausência desse selo é um sinal de alerta. De acordo com a legislação sanitária nacional, é permitida uma tolerância de até 1% de impurezas, como cascas e paus, no café in natura, como ocorre com os cafés tradicionais e extrafortes.

📌 Observe a coloração do pó: Se o pó do café é muito escuro e oleoso, pode ter passado por torra carbonizada, um indicativo de má qualidade.

📌 Desconfie de preços muito baixos: Se um café custa bem menos que a média do mercado, há grandes chances de conter impurezas ou ser um café fake.

O impacto do café fake na saúde e no mercado

🚫 Engana o consumidor: O brasileiro já estava acostumado com cafés carbonizados e de baixa qualidade, mas agora está sendo ainda mais lesado ao comprar produtos que nem café são.

🚫 Pode afetar sua saúde: A torra excessiva e as misturas desconhecidas podem conter substâncias nocivas e prejudiciais ao organismo.

🚫 Prejudica a cadeia produtiva: Enquanto produtores sérios trabalham para oferecer um café de qualidade e sustentável, os cafés de baixa qualidade desvalorizam o mercado e incentivam fraudes.

Café especial: a melhor alternativa

Diante desse cenário alarmante, a melhor escolha para quem valoriza a qualidade e autenticidade do café é o café especial. Diferente dos cafés comerciais e fake, o café especial:

✅ É 100% rastreável e pontuado acima de 80 pontos na escala de qualidade.

✅ Passa por um processo rigoroso, portanto, não possui impurezas nem é submetido à torra carbonizada.

✅ Preserva os benefícios naturais do café, como antioxidantes e nutrientes.

✅ Valoriza o trabalho dos produtores e incentiva a sustentabilidade.

O café, afinal, é uma fruta, e um café bem tratado mantém sua complexidade de sabores, aromas e benefícios. Consumir café especial é uma forma de garantir que você está bebendo um café verdadeiro, saudável e sustentável.

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